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Exposição acontece na Oca, no Parque do Ibirapuera | Foto: Veja São Paulo

Exposição acontece na Oca, no Parque do Ibirapuera | Foto: Veja São Paulo

Algumas das maiores invenções dos últimos 150 anos transformadas em obras por grandes nomes da arte contemporânea mundial serão apresentadas de 5 de agosto a 4 de outubro na Oca, no Parque Ibirapuera. Com entrada franca, a exposição Invento: as Revoluções que nos Inventaram tem curadoria de Marcello Dantas e Agnaldo Farias. A seleção de aproximadamente 35 obras – quase todas inéditas no Brasil e muitas desenvolvidas especialmente para a exposição – pretende provocar uma reflexão sobre as mudanças na história do mundo e do homem a partir de suas próprias criações. Separamos dez atrações imperdíveis da exposição. Confira:

ANDY WARHOL: Guitarra Bender (Velvet Underground), Estados Unidos (1967)

Desde 1931, protótipos de guitarra foram desenvolvidos em diferentes partes do mundo. O produto só conquista importância, porém, ao ser absorvido como um dos pilares do rock’n roll, a partir da década de 50. A guitarra em exposição na Oca traz a assinatura de Andy Wahrol e a figura de uma banana em decomposição, estampada no amarelo do instrumento. A imagem foi criada pelo artista para a capa do disco de estreia de The Velvet Underground & Nico, em 1967. A ilustração tornou-se o símbolo da banda.

Guitarra elétrica estampada com desenho criado por Andy Wahrol para a banda Velvet Underground | Foto: Divulgação)

Guitarra elétrica estampada com desenho criado por Andy Wahrol para a banda Velvet Underground | Foto: Divulgação)

 

PANAMARENKO: Raven’s Variable Matrix, Bélgica (2000)

Em 1906, o brasileiro Alberto Santos Dumont inaugurou seu aeroplano 14 Bis, capaz de voar de forma autossustentada e decolar por seus próprios meios. Foi o início para o desenvolvimento dos aviões que conhecemos hoje. A possibilidade de falha e o componente de sonho estavam presentes. Foi justamente nisso que o artista belga Panamarenko se inspirou para a criação de Raven’s Variable Matrix, uma releitura dos aviões de Dumont. Ele faz das invenções alheias a matéria-prima de suas próprias. 

O belga Panamrenko é admirador da criação de Santos Dumont | Foto: Divulgação

O belga Panamrenko é admirador da criação de Santos Dumont | Foto: Divulgação

 

LEANDRO ERLICH: Elevator Pitch, Argentina (2011)

Desde a década de 70, os elevadores refizeram o cotidiano das cidades, e têm total influência na transformação de seu horizonte. Do ponto de vista funcional, eles são um veículo de transporte. Mas, para o argentino Leandro Erlich, também representam engenhosidade, ambiente de encontro, surpresa e forma de ameaça. Elevator Pitch aproxima-se do equipamento pelo viés da invisibilidade, fruto de sua onipresença no dia a dia e que nos faz indiferentes aos mistérios que podem conter.

O argentino Leandro Elrich se inspirou no elevador | Foto: Divulgação

O argentino Leandro Elrich se inspirou no elevador | Foto: Divulgação

 

JARBAS LOPES: O bem e o mal entendido, Brasil (2006)

Criado pelos alemães Gottlieb W. Daimler e Wilhelm Maybach em 1886, o automóvel era de início a evolução motorizada da carruagem. Item de luxo, como os veículos a tração animal, os carros só se tornaram populares a partir da década de 1920, com o lançamento do modelo Ford T, nos Estados Unidos. Interessado em veículos de transporte ao longo de sua trajetória, o artista Jarbas Lopes trabalha com o Fusca em O bem e o mal entendido. A escultura mostra padronização industrial do automóvel para fazer uma bem-humorada provocação à forma como os bens de consumo são encarados na sociedade.

Admirador do carro, brasileiro Jarbas Lopes á autor de "O Bem e o Mal Entendido" | Foto: Divulgação

Admirador do carro, brasileiro Jarbas Lopes á autor de “O Bem e o Mal Entendido” | Foto: Divulgação

 

GUTO LACAZ: Rádios pescando, Brasil, 1986/2015

As transmissões de áudio inauguraram uma virada nas comunicações, entre os anos 1920 e 1930, permitindo mesmo a comunidades distantes o acesso a notícias e à música vindas de diferentes locais. Inspirado nisso, Guto Lacaz criou uma instalação com um conjunto de rádios de vários feitios, tamanhos e potências que se colocam em linha para um fim comum e inusitado: pescar. Um de seus componentes principais, a antena metálica é transformada em vara na obra, cumprindo função estranha à sua original, mas curiosamente cabível. 

Com referências ao rádio, obra foi desenvolvida por Guto Lacaz | Foto: Divulgação

Com referências ao rádio, obra foi desenvolvida por Guto Lacaz | Foto: Divulgação

 

NAM JUNE PAIK: Gertrude Stein, Coreia do Sul (1990)

A primeira câmera de televisão eletrônica surgiu em 1928. Inovando, o norte-americano Philo T. Farnsworth apostou no uso dos elétrons e em seu potencial de captar, transmitir e reproduzir informações. O artista Nam June Paik sempre demonstrou interesse pela televisão e pelo poder que ela tem sobre mentes e ambientes. Em Gertrude Stein – uma escultura inspirada na escritora modernista americana e a ela dedicada – ele cria um robô a partir do cruzamento de mídias, com aparelhos de TV, discos de vinil e antigos autofalantes.

Nam June Paik se inspirou na televisão e na escritora Gertrude Stein para criar sua obra | Foto: Divulgação

Nam June Paik se inspirou na televisão e na escritora Gertrude Stein para criar sua obra | Foto: Divulgação

 

BILL VIOLA: Reverse Television – Portraits of Viewers, Compilation Tape, Estados Unidos (1983)

Em 20 de julho de 1969, o canal de televisão CBS transmitiu ao vivo uma das mais ousadas conquistas do homem: o pouso da espaçonave Apollo 11 na superfície da Lua, um marco das telecomunicações. A partir deste acontecimento, o artista Bill Viola propôs, em 1983, uma obra art television ao canal WGBH-TV, de Boston. A ideia girava em torno de spots na programação com retratos dos telespectadores. Os vídeos de trinta segundos, sem introduções, traziam cenas de pessoas comuns da região em frente aos seus televisores.

Reverse Television, experimento criado por Bill Viola | Foto: Divulgação

Reverse Television, experimento criado por Bill Viola | Foto: Divulgação

 

DAMIÁN ORTEGA: Mechanism Level: Speech. Complex Mechanism / Self-Sufficient, México (1991)

Em 1868, o norte-americano Christopher Sholes desenvolveu a primeira máquina de escrever. A ferramenta já possuía os elementos básicos que se mantiveram mais adiante: um teclado ligado por braços curvos a tipos embebidos em tinta, que eram golpeados contra o papel. Em Mechanism Level: Speech. Complex Mechanism / Self-Sufficient, Damián Ortega ficou imerso em uma comunidade de chimpanzés selvagens na Nigéria e desenvolveu uma máquina de escrever artesanal de uma tecla – possível objeto comum entre o universo dos primatas e o dos homens. 

A máquina de escrever de tecla única, desenvolvida por Damian Ortega | Foto: Divulgação

A máquina de escrever de tecla única, desenvolvida por Damian Ortega | Foto: Divulgação

 

Exposição “Invento: as Revoluções que nos Inventaram”

De 5 de agosto a 4 de outubro

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Oca, no Parque Ibirapuera.

Entrada franca

 

Fonte: VejaSP

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